quinta-feira, 28 de abril de 2011

Fim do exílio, o retorno pra casa


(escrito em 15/07/2008)

Bom dia meus colegas!

A viagem noturna sempre é um pouco cansativa, mas nada que uma boa soneca não possa resolver. Chegar em casa, reencontrar esposa, filhas e uma sobrinha que está nos visitando faz revigorar todas as energias.

Ainda no domingo fomos à praia, e vocês sabem como é: os pés na areia, uma caminhada pisando o chão molhado pela espuma das ondas e a sombra de um coqueiral é sem dúvida nenhuma o melhor tratamento xô aperreio, também conhecido como anti-stress, que eu conheço. Na hora do almoço encontrei uma velha amiga dos tempos da faculdade, seguido de um bate-papo relembrando velhas histórias, coisa de cidade pequena eu sei, mas que é bom... é. De quebra ver as jangadas descansando na praia enquanto os pescadores tecem as redes me fazem ter a certeza que estou de volta para casa, porque tudo isso é muito mais do que folclore, é uma vida inteira que vem à mente.

Não pude mandar minhas saudações ontem porque aproveitei para visitar o sertão, ver os meus pais e comer uma comidinha com o tempero de mamãe. Eu precisava me permitir.
Lembranças a parte, gostaria de agradecer muito a todos vocês. Quando fui para o Rio de Janeiro levava muitas esperanças, não muito mais do que isto, mas quando voltei trouxe uma bagagem que não cabia nas malas. Trouxe a amizade de boas pessoas que tive oportunidade de conhecer. Quando fui morar na Cidade Maravilhosa vivia um misto de encanto e desafio. Poder andar pelas mais belas paisagens urbanas do mundo e ter acesso ao acervo cultural do Rio era algo comparável a sensação que teria uma criança pela primeira vez na "Disney", no entanto, a imagem de cidade violenta e sem lei não me permitia imaginar que a mais importante lembrança que eu traria seria dos amigos que fiz. Agradeço muito a todos vocês que de coração me trataram com respeito e carinho.

Enaltecer o Rio pelas suas belezas geográficas ou arquitetônicas é algo que prefiro deixar para os poetas e até mesmo para os profissionais do turismo, eles fazem isso melhor do que ninguém. Para mim, prefiro lembrar o bem maior que me motiva, as pessoas. Espero que de alguma maneira eu possa ter contribuído com cada um de vocês. Espero ter colaborado com os seus trabalhos ou com um pensamento positivo um diazinho qualquer que fosse, porque a amizade de vocês é para mim a coisa mais importante que trouxe daí.

Espero que Deus abençoe a todos e permita que um dia possamos nos reencontrar. Uma casa caeté estará de portas abertas.

Trouxe na bagagem saudades e lembranças e deixo para todos os meus votos de muita saúde e paz.

Virgílio Agra.

PS: Pense na música que eu me lembrava enquanto voltava para casa. Com letra de Elba Ramalho, na voz dela própria e do Grande Dominginhos: De volta pro aconchego.


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