sexta-feira, 20 de maio de 2011

Rui Barbosa e os patos

(escrito em 17/08/2008)
Colegas de todas as crenças.
Na semana passada contei uma história onde uma simples palavra poderia ter mais de uma interpretação, afinal de contas isso não é muito raro de acontecer, mas imaginem só o que passou pela cabeça de um rapaz que foi roubar nada mais nada menos do que o grande baiano Rui Barbosa.
Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.
Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:
- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa.
Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala forfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
- "Dotô", eu levo ou deixo os pato?"
É colegas, o exercício do vernáculo não é mole não, e eu por enquanto, só levando uma vidinha mansa, domingo com direito a um passeio na praia e um banho em uma das nossas piscinas naturais e para terminar a manhã uma cerveja sem álcool no alto da Ipioca, terra natal do Marechal Floriano Peixoto, desfrutando de uma das paisagens mais bonitas do litoral norte de Alagoas.
Ainda com relação à semana passada, alguns colegas não receberam as minhas saudações caetés, gostaria de confirmar que não exclui ninguém da lista, os extravios se dão por conta das imperfeições da grande net.
Colegas de todas as crenças, mais uma semana se inicia, mais uma oportunidade para o aperfeiçoamento de cada um.
A todos muita saúde e paz... e muita fé.
Virgílio Agra.

PS: Segue abaixo uma pequena sugestão de um poema muito atual de autoria de Cleide Canton e Rui Barbosa na voz de Rolando Boldrin


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